terça-feira, 22 de outubro de 2013

Mau tempo

Hoje está um dia de sol. Mas, a noite foi muito diferente, com muita chuva, muita mesmo.

in Jornal de Noticias

Inundações e derrocadas numa noite de caos em Esposende

Esposende é, esta terça-feira, um concelho a meio gás depois de, ao início da madrugada, ter sido atingido por fortes ventos e chuva torrencial. Há registo de derrocadas, retirada de pessoas dentro de casas e condutores apanhados por correntes de água, estradas nacionais e municipais cortadas, inundações no hospital, fábricas e em garagens.

Inundações e derrocadas numa noite de caos em Esposende
Estradas alagadas transformaram-se em "rios"
 
Entre a meia noite e as 03.00 horas da madrugada desta terça-feira, a chuva caiu de forma intensa e ininterrupta em Esposende.
Dezenas de carros ficaram submersos no interior de garagens e as duas estradas nacionais que servem a cidade, a EN 13 e EN 103-1, estiveram completamente intransitáveis. Circular de carro era um exercício de labirintos, mesmo assim houve que tivesse mais de uma hora cercado de água. 
Quem arriscou ficou preso no interior dos carros. "Três pessoas foram retiradas de um carro já em hipotermia", referiu o comando dos Bombeiros Voluntários de Esposende, Juvenal Campos, que não teve mãos a medir face à centena de pedidos de socorro. Na Rua José Pires de Afonso, em Palmeira de Faro, o telhado de um coberto desabou sobre dois carros.
O Hospital Valentim Ribeiro de Esposende viu as águas entrarem pela Urgência.
Numa das maiores fábricas concelho, a Solidal, os prejuízos são avultados, pois as águas invadiram as instalações e atingiram uma importante zona de laboração. 
Também a Cruz Vermelha Portuguesa de Esposende viu a água inundar as garagens.
"Nunca vi nada assim", desabafou Fernanda Miranda, que em Cepães pediu socorro para um idoso que estava preso dentro de casa devido a uma invasão de água.
"Nos últimos 15 anos não há memória de uma situação deste género", referiu António Martins, que face à previsão de mau tempo, lembrou-se de colocar os bens que tinha na garagem a salvo.
A Marginal da cidade mais parecia um novo braço do Rio Cávado. Os relatos em Forjães, Apúlia e Fão também não são diferentes, com as zonas agrícolas transformadas em lagos.
Em Rio Tinto e Gandra os Bombeiros Voluntários de Fão também tiveram de salvar pessoas de dentro dos carros e há registo de várias estradas municipais cortadas. A que liga Esposende à EN 103 por Vila Chã (Castro de São Lourenço) é um dos exemplos, pois a estrada foi atingida por várias derrocadas de pedras.
Às 04.00 horas, a situação começou a normalizar, com a água a baixar, mas o dia desta terça-feira em Esposende será de "contas aos prejuízos", muitos trabalhos de limpeza e uma cidade a "meio gás".


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