in: http://joaocepa.blogspot.pt/ , pode ler-se:
Como municipalista convicto que sou, é com profunda tristeza que tenho assistido a esta catadupa de medidas governamentais que são uma espécie de sentença de morte do Poder Local.
Não há memória do Poder mais legitimado pelo voto popular ser tão maltratado e tão perseguido por um Governo, e logo por este que é liderado pelo PSD, por coincidência o partido com maior tradição, maior peso e maior apoio no Poder Local.
O último "presente" governamental, colocado na árvore de Natal, é a nova Lei das Finanças Locais, que não terá outra consequência que não seja a asfixia financeira dos municípios, mesmo daqueles que, como Esposende, têm a sua situação financeira perfeitamente equilibrada e estabilizada.
Desde a obrigatoriedade de utilizar o hipotético excedente de receita do IMI para liquidar os empréstimos de médio/longo prazo, dando-se assim uma ajuda preciosa à capitalização da banca, até à aplicação desse mesmo excedente na criação de um fundo para pagamento das dívidas dos municípios endividados, passando pela abolição do IMT e pela redução significativa das transferências do Orçamento de Estado, temos um vasto menu de machadadas nas finanças locais.
Esta opção do Governo de agravar os impostos nacionais e desagravar os impostos municipais faz-me lembrar aquela velha expressão de "é fácil fazer filhos nas mulheres dos outros".
O futuro sombrio que se perspectiva para o Poder Local começa a provocar-me uma certa vontade de agradecer às senhoras e senhores deputados que um dia aprovaram uma lei que limita os mandatos aos autarcas, mesmo sabendo que se "esqueceram" de aplicar a mesma receita aos seus próprios cargos.
Se já era difícil ser autarca, quase que ousaria dizer que a partir do próximo mandato vai ser quase impossível.
Resta-me o consolo de saber que o trabalho e a gestão de rigor que caracterizou a actividade municipal em Esposende nas duas últimas décadas tem todas as condições para ter continuidade.
O PSD de Esposende tem agora a responsabilidade de escolher um candidato à Câmara Municipal que seja capaz prosseguir com o projecto de desenvolvimento sustentado que tem sido implementado desde que o partido assumiu a liderança da autarquia.
Tudo indica que será o actual presidente do PSD-Esposende e Vice-Presidente da Câmara Municipal - Arq. Benjamim Pereira, a pessoa escolhida para enfrentar e corporizar esse desafio. Se for essa a opção, terá o meu apoio incondicional.
Encontro no Arq. Benjamim Pereira as qualidades humanas e políticas necessárias para um excelente desempenho como presidente da Autarquia: trabalhador, dedicado, visionário, apaixonado pela causa pública, competente e, acima de tudo, rigoroso na gestão dos recursos públicos. Todos sabem que esta última qualidade é algo que valorizo muito e à qual dou grande importância.
Apesar de temer pelo futuro do Poder Local, conforta-me saber que no próximo mandato autárquico o meu concelho terá um Presidente de Câmara que me dá garantias, enquanto munícipe, de que Esposende continuará a ser uma referência de desenvolvimento e de boa gestão.
Cabe agora a decisão aos militantes e simpatizantes do PSD.
Sem comentários:
Enviar um comentário